Se o último domingo, dia 16, se mostrou ensolarado, a Segunda-feira chegou com chuva, vento frio e nuvens carregadas. Aproveitando um estado gripal da Teresa, resolvemos ficar a Segunda no Quinta da Canta ( temos o nosso refúgio dentro do refúgio gastronômico) morgando, vendo coisas que precisavam serem feitas no jardim, na horta; pequenos reparos dentro da casa.
Só saímos de lá na Terça de manhã, aproveitando uma estiagem do tempo.
Tão logo passamos o portão e engatamos uma primeira para subir a rampa de nossa rua, vimos no meio do caminho, encarando o nosso carro, duas jacutingas. Ou seriam dois jacus?
Essas aves tem um significado todo especial para nós. É a ave símbolo do Quinta da Canta que está em nosso logo, num desenho feliz do meu filho Tom, então com 6 anos de idade e apaixonado por aves. Sabia tudo de passarinho, o meu Tom. A Jacutinga que tinha as penas pretas com pintas brancas e o papo vermelho, o tucano de bico verde, o araçari, que eu nunca vi por lá mas ele desconfiava que tinha, o sabiá, o bem-te-vi, o picapau de cabeça vermelha, a corruíra.
Descobrimos depois que o Tom errou na sua análise da Jacutinga. O temos lá é o Jacu, o Jacupeba, da mesma família mas com penugens diferentes. Mas ele falou e desenhou que era Jacutinga e pra nós ficou sendo assim e pronto.
Só sei que elas estavam ali na beira do caminho. Fazia muito tempo que não apareciam ( não sei se vocês sabem mas, infelizmente, a Jacutinga e o Jacupeba são outras de nossas aves em extinção).
O Tom, com quase 10 anos de idade, saiu de nós e foi voar com Jacutingas e Ararinhas Azuis e se escondeu em alguma estrelinha no céu.
Então, quando elas apareceram na frente do nosso carro, eu achei que era o Tom que tinha vindo me dar um beijo de aniversário antecipado. Eu faço ano num dias desses desta semana e por que não sonhar que era isso?
Teresa desceu vagarosamente do carro e ficou tirando fotos das duas ali na rua, olhando espantadas, caminhando e olhando para trás. Nenhuma foto ficou boa, não é incrível? Eu que queria ilustrar esse texto com a foto delas, tive que recorrer a uma foto de arquivo onde estão o Jacu, a Jacutinga e o Mutum, esse mais sumido do que os outros.
Vocês podem ver pela foto que a Jacutinga é mais espalhafatosa, tem cores, brancas, azuis, um círculo branco no olho. O Jacu é mais discreto, com pintas brancas nas asas negras e o papo vermelho sangue. Foi ele que o Tom desenhou, se vocês observarem no desenho. Esse era a espécie mais comum no Quinta da Canta.
Mas, pra ele, era uma Jacutinga. Pra nós, sempre será uma Jacutinga, a ave do Quinta da Canta.
SL.
Ideas
Há 14 anos
2 comentários:
Olá Sergio!
Sou a Michelly que telefonou ontem para perguntar a respeito do restaurante. Espero conhecer o local em breve.
Acabei achando o blog e resolvi escrever pois só pela internet já estou encantada com o lugar.
Abs,
Obrigado, Michelly.
Esperaremos você em nosso refúgio.
SL.
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