
Neste último domingo, fizemos como prato principal o Bacalhau à Maria Custódia, uma receita dos cadernos antigos da minha sogra, portuguesa com certeza, que ela passou para a sua filha. É o velho e bom Bacalhau à Gomes de Sá, mas em Portugal cada um tem o seu jeito de fazer este prato.
O da minha sogra é um segredo do Quinta da Canta que a Teresa, minha mulher e filha de Dona Maria Custódia Cirne de Carvalho, guarda a 7 chaves e morre de ciúmes do prato. Aliás, eu nem chego perto da panela quando ele está no cardápio. Quem comanda é a Teresa, com todos os ensinamentos da mãe que, às vezes vem de Resende e a repreende, porque ou falta um pouco de sal ou a batata não ficou como ela esperava e coisas assim. Problemas de mãe e filha que se adoram.
Mas uma das diferenças entre o Gomes de Sá que a gente conhece e o da minha sogra é que ela cozinha o bacalhau no leite e depois de retirar o bacalhau cozinha as batatas neste leite com gosto de bacalhau. Dá uma tremenda diferença.
Se você ainda não comeu, reserve um domingo pra ir ao Quinta da Canta, mas certifique-se que ele está no menu degustação. Ou então avise com uns 4 dias de antecedência ( o bacalhau precisa ficar demolhado por 48 horas) que a gente prepara especialmente pra você.
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